domingo, 13 de novembro de 2011

Árvore

A mangueira
que se esquecera,
derrama-se pelo muro.
Andanças de meio século
para o reencontro
do verde
e de um cinza inesperado
no Rio que sempre se pensa
azul.
Coisas de antes
regressam com a manga
despreendida no chão.
Despreendida do Passado.
O que aconteceu
com os círculos andados?
Que fim tiveram
as ruas percorridas?
Em quais paradas
desse trem
ficaram os rostos,
os corpos e as vozes
que viajaram comigo?
Até onde irá
esse trecho do caminho
que caminho?

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