terça-feira, 30 de novembro de 2010

Espelho e Reflexo

O espelho que viu
a juventude que partiu,
Mostra-me agora o que restou
nesse homem que não sei se sou.

Onde está a Utopia
que amanhecia todo dia?
Abaixo de qual ruga
escondeu-se o que sonhei,
nesse homem que nem sei?

Que caminhos andei
nesses sulcos do rosto
com cara de Agosto?

O quê esconde essa cicatriz?
Por que tanto verniz,
tanto polimento
em veludo cinzento?

Apago a luz e a vaidade.
É tempo da maturidade
e do marasmo da sobriedade.

3 comentários:

  1. Caro Fábio,

    Este fio condutor leva-nos até onde somos capazes.
    "É tempo de maturidade" e, um pouco, como a fruta, só pode ser colhidos quando madura.É a vida!
    Abraço,

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