sábado, 13 de novembro de 2010

Regina e o Mar

As redes estão lançadas
e no mar as jangadas
colorem de Sol
a promessa do Farol.

Chega de tão longe o mar.
Onde estiveram essas ondas,
quais foram suas rondas,
nesse eterno navegar?

Tanto mar, mestre Buarque.
Tantas falas, tanto sotaque,
tanta defesa, tanto ataque
e no fim, esse calor de conhaque.

Para onde voltam essas águas?
Daqui, o quê levarão?
Algum poema, alguma saudade,
um resto de luz da cidade?

Ou só a certeza do riso de Regina
e esse perpétuo ir e vir
que é destino e sina?

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