A despeito
da falta de jeito,
acharemos algum feito
que enobrecerá o Poeta eleito.
Diremos ser capaz de um sonho refeito,
de um metro perfeito
e de tais rimas
que são obras-primas.
Mas se nada disso
convencer o feitor magriço,
não percamos a esperança,
pois apenas por ter o arrojo de dizer
cabe-lhe a honra de contar que o Homem avança
e que se é mais que Sancho Pança.
Sempre será o fidalgo de Cervantes
já que nasce de sua pena o tempo de antes.
E se nem assim o respeitável público aplaudir,
nada se deve concluir;
não nos importemos,
por confrades, de sua angústia sabemos.
Viverá Poeta
e morrerá de alma aberta,
deixando o verso que nos liberta.
Para a Poetisa Luciene Lima Prado
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