terça-feira, 2 de novembro de 2010

A Breve Sofia

O horror ao extremo:
No sepulcro, um anjo pequeno.
Foi-se Sofia,
Breve como o dia.

Ficou a dor que não passa
e a saudade que já grassa.
O sofrer que não cessa.
e a mágoa possessa.

Ficou Flávia. Passarinho miúdo, frágil.
Aquela que faz de cada foto, o mudo filme
da dor que não se exprime.

Haverá alívio para essa rudeza?
Haverá consolo para essa agonia?
Fostes tão leve Sofia...



Este poema é dedicado a uma mãe que o foi por pouco tempo. E, ainda assim, foi em sua plenitude

Um comentário:

  1. Fábio,

    A breve Sofia sente-se, vive-se,chora-se e risse.
    Um estado de alma.Quantas haverá assim? Tantas, quantas as probabilidades de responder com verdade a esta pergunta.Não é importante saber quantas são.Importante é termos a certeza que a nossa faz parte desses número que não é copiável, nem transmutada por nada, nem por ninguém.
    Um abraço,

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