segunda-feira, 4 de junho de 2012

Doce Fellini


Desenha em preto e branco,
mestre Fellini, a vida
que se queria bela,
no ingênuo tempo de ser
crer na "dolce vita".

Luz, sombra, luz
no enigma de um Cristo
que voa sobre Roma
a caminho do Deus-Papa
que nunca se mostra.

Luz, sombra, luz
de risos burgueses
dos ricos burgueses
em festas insólitas,
em coxas desnudas
e em bocas carnudas
dos sexos sugeridos
entre todos os gemidos.

Luzes de seduções,
sombras de rejeições
e o desespero dos indesejados
nas camas obrigatórias
das vidas vazias
de rasas trajetórias.

    Homenagem pouca ao gênio de Fellini

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