sexta-feira, 25 de maio de 2012

Retorno


Navegam barcos brancos
pelos virgens mares.
Levam rudes desejos
e frescas rosas.

Em vão cantaram
as Sereias, pois
surdo Odisseu
passou por Cila Cibila
em busca dos tecidos
braços de Penélope.

Pudesse,
seguiria sua
Odisséia de Odisseu
em busca do amor
de Penélope outra,
a Musa sempre.

Pudesse,
navegaria barcos brancos
e as frescas rosas
falariam do bruto desejo
que o amor partido
não fez esquecido.

Pudesse,
navegar navegaria,
em ares voaria,
pois sopram os ventos
sobre o Egeu
e caminhos te trazem,
helênica Princesa,
na rubra Aurora acesa.

                  Para C.

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