sexta-feira, 4 de maio de 2012

Insistir


Insiste o riso descabido
de quem ri sem ter
sequer sabido.
Coisas desse lugar estranho,
que se deslumbra com Parintins
e com as mãos de João Carlos Martins,
poeta maestro, allegro e presto,
como todos somos,
ao Cubo e ao resto.
Coisas desse lugar estranho,
em que cateter
assume-se gravata borboleta
nesse Cassino de funesta roleta.
Coisas do Brasil. De poeta brasileiro.
Já não tão inzoneiro,
mas ainda tão crente
no Canto Primeiro (ave Pablo!).
Coisas de  quem vive mais
por saber que a vida é menos.
E que cada instante perdido,
é um tesouro que não será devolvido.
Coisas de quem se aferra à vida,
pois é nela que passeia
o amor que se semeia.

                    Para C.

Um comentário:

  1. "tesouro que não será devolvido", muito lindo meu lindo poeta. Regina. Saudade.

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