domingo, 13 de maio de 2012

Paraplégica


A moça
das pernas mortas,
afasta a tristeza
sem viço
e passa por chão
tão ouriço.
O homem tenta
um assunto,
mas o intuito
não faz um conjunto.
Divaga a moça
das pernas mortas,
outras veredas retortas.
A si só lhe importa
o que há atrás
de sua porta.

Afaga a barriga, abrigo
doutro tanto de vida
que à Vida dará
e sonha Sonhos,
que sabe risonhos.

                 Às mães.

Um comentário:

  1. Eu vi num programa uma moça cadeirante grávida e o seu poema serve direitinho para a beleza que ela estava. É um tipo de mãe pouco lembrado,poeta. Ainda bem que o senhor se lembrou de fazer essa homenagem. Muito bonito mesmo.

    Itaciara

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