Vê-se que cumpriu
a vida e viajou seu
tempo.
No rosto, ostenta
rugas majestosas.
E fala, com a sabedoria
dos escolhidos, do
companheiro por
sessenta anos, da
nobre dificuldade
de seu ofício e do
viver sem o medo
do que seremos.
Linda mulher de setenta,
oitenta, noventa anos.
Sem a mesquinhez de
uma pele artificialmente
lisa, como fruta de cera.
Linda Arlete que ostenta
sua Fernanda como estandarte
de uma dignidade cada vez
mais rara.
Homenagem pouca à Fernanda Montenegro.
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