sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Escola Primeira

Moveis cobertos
por lençóis empoeirados
contam do esquecimento
a que foram lançados.
Dias tantos,
tantas noites,
passaram por entre
as carteiras vazias
e a voz da última professora
ainda ressoa
como eco de abandono.
Foi ali que vivi
parte do que sou.

Dali eu via a Mantiqueira
que, com o tempo,
virou só lembrança.
Escola primeira
da primeira professora:
Marilia, sem poema
e sem Dirceu,
na Escola Primeira
que um dia abrigou
quem seria eu.
Abrigou, o Mundo
que seria meu.

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