domingo, 24 de julho de 2011

Elizabeth

Porque te revivo
em cada nova paixão,
eis que o cristal rebrilha
como a iluminar
a nova trilha.

Os tempos obscuros
que caminhamos
ficaram num Pretério
que nunca foi Perfeito;
e nem desgruda
do peito.

Mas agora, companheira,
sei-te tombada
na inútil trincheira
que, ingênuos, fizemos,

como se o Mundo
pudesse acolher
a Esperança que lutamos
e o sonho que Sonhamos.

Descanse, paixão primeira.
Seguirei tua luz
nos passos que a ti
conduz.


Para Beth, morta aos 19 anos, nessa data, em 1972.

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