segunda-feira, 12 de março de 2012

Alucinações

Eis-me Pateta alucinado
a vagar nesse cercado
que chamam de
Mundo dado.
Insânia que oscila
entre Biarritz
e Auschwitz,
enquanto Pablo
desenha uma
Guernica de horror.
Combalida pela
dor vietnamita,
a Moira do Rio Grande
em cada carreira
mais se expande
como Alvo de Stand.
Cantemos ao Deus
dos Ateus,
rezemos aos
Santos Incréus
e aos bêbados
que vivem ao léu.
Todos serão absolvidos
Pelos Serafins mal resolvidos
que desfilam no calçadão
de Copacabana
em busca do sacro
sexo da semana.
Façamos poesias,
cantemos idolatrias
e pensemos nos
Destinos de todas
as Marias.
Já pouco importa
se a reta é torta
e se o Monstro
devora a Verdade
que um dia existiu,
quando a Musa sorriu.
Eia! Eia! Pateta alucinado,
pateta poeta
a vagar no cercado
desse insano corpo
semi acabado.

2 comentários:

  1. Adorei esta elegia! Intensa e bela! Beijos , meu querido! Aninha

    ResponderExcluir
  2. Talvez porque a existência é alucinogénica

    O prazer de te ler e comentar passará a ser feito neste teu blog
    (em face do post que coloquei no waf)

    Abraço

    ResponderExcluir