Transito com meu corpo,
frágil refúgio,
por esse Mundo sem máscara,
sem subterfúgio.
Transito em meu corpo.
Sou alma penada
sob a pele enrugada.
Mas os trânsitos
que fiz e faço
não respondem se sou,
ou se só estou,
pois, após tanto transitar
e tanto percalço,
esqueci-me se sou
verdadeiro ou falso.
E nem imagino
o que seja o Espaço.
Tampouco, o que nele
eu faço.
Da obra de W. Shakespeare.
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