sábado, 29 de outubro de 2011

Ofensas

Rudes homens
sem nomes
vociferam:
fora!
Que nos importa o teu Saber,
se dele eu não preciso
para ter?
Que me importa, Ser?

Seria bom
se não me chamassem
Aleijado.
Doeu além
do que o alivio
da Morfina contém.
Bom seria,
de Canceroso
não ser rotulado,
pois sou mais que
uma doença.
Talvez, um ajuntado
de crença e
uma inoportuna
presença.

Que gente é essa
desenhada a tosco traço
e só amestrada
a ponta de laço?
Que lugar é esse,
cujo mormaço
não permite
o próximo passo;
e onde a mediocridade
só gera
homens pela metade?

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