quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Cadeira

Impotente como
leão enjaulado,
sinto inútil
a força que
me resta.

Vejo o Mundo
pela metade.
Estou confinado
a duas rodas
e à cobrança
que me fazem:
seja forte,
sorria,
vença!

Cadeirante estreante,
arrisco uma
verdade petulante:
Tenho medo,
tenho raiva
e choro de
tristeza; e
sonho com pernas
estendidas,
nas ruas que
me foram conhecidas.

Não sou quem
esperam.
Sou quem
desesperam.

Um comentário:

  1. Meu amor, uma fase que já passou. E agora, estamos caminhando por uma bela estrada, florida e com muito amor. Amo você, meu marido-poeta! Beijos

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