sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Sobretudo

O jazz escorre do Trompete
e desliza pela Quinta
ainda molhada pela
chuva recém finda.

Aretha soluça as mágoas
do amor perdido
e a rudeza
do sonho amanhecido.

Livre, a fumaça
que se perde azul
tece teias no vazio.

E o calor do Bourbon
aquece o choro engasgado.
É hora de vestir o sobretudo
e cinza caminhar.

             Digitado pela Taísinha.

2 comentários:

  1. pura nostalgia. Me senti em um filme de Woody Allen. Parabéns poeta.

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  2. Ahhhhhhhhhhhhh a poesia
    Que tem muito de menina...
    Abraços da Sandra

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