quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Ancoradouro

Desconhecido ancoradouro
abriga-me em teu regaço,
pois fujo da maldade
do Mundo.

Outros portos
já tentei,
noutras praias
já parei,
mas em cada qual
só encontrei,
a alcatéia
que me devora
pelo adiantado
da hora.

Já peguei em arma
e nunca atirei;
quis ser rico,
mas sempre falhei;
quis ser culto
e de nada sei.
Agora, noves-fora,
carrego o que fiquei.

Vou levando a vida
em busca
da porta de saída.
Quem sabe noutro
Espaço,
a história se inverta
e eu consiga fazer
o que aqui, só pude dizer.

Ancoradouro desconhecido,
abrigue-me em teu cais.
Quem sabe noutro Tempo,
a vida seja mais.

Um comentário:

  1. Meu amado poeta,

    Rico você é, pois tem muito amor
    paz, serenidade e tranquilidade.
    Culto você é, pois tem uma grande sabedoria.
    De que adianta ser culto, sem ser sábio?
    E, na verdade, você possui as duas coisas importantes: cultura e sabedoria.

    Você agora ancorou
    numa praia tranquila e sem marolas.
    Somente com uma brisa leve
    a lhe fazer um gostoso carinho.

    Sua história já mudou,
    e o que lhe espera
    é um ancoradouro conhecido e seguro
    que terá somente alegrias e felicidades.
    Caminho sendo trilhado
    para continuar na eternidade.

    Amo você, meu querido!
    Beijos, Tua Cristina.

    ResponderExcluir