A longa noite insone,
aguarda-me ao telefone.
Ri, povoada pelo riso
de bêbados noturnos
e fantasmas soturnos.
Atrás de qual incerteza
esconde-se o sono?
Duende sem dono
que vaga na correnteza.
Um homem compra sexo.
Outro, remói a falta de nexo
e a dificuldade do complexo.
Insone e longa noite,
Pensão sem pernoite
que a todos vicia
e a ninguém sacia.
Uma puta esconde-se no brilho,
uma mulher chora pelo filho
estendido no ladrilho.
Longa noite em claro
como se o Tempo fosse raro
e alguém me fosse caro.
Espessa escuridão infinda
que logo voltará.
De novo e ainda.
Um olhar mais intenso do que está ao nosso redor nestas noiets insones. Beijos, Aninha
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