domingo, 19 de setembro de 2010

Ventos de Agosto

Surreais como coloridos pardais,
ou Piafs de cristais.
Eis que escureço
ao Sol do começo,
pois sei do eterno tropeço
que se paga por qualquer preço.

Só em Setembro chegaram os ventos de Agosto.
Folhas caídas de velhos rostos
deslizam pelas calçadas
lembrando que já foram amadas.
Mas o tempo ... são favas contadas.

Ventos presos em Tempos passados,
em antigos olhos marejados.
Lágrimas de deportados.

Ventos,
elementos,
sentimentos.
Passeiam folhas e momentos,
nessas avenidas sem pavimento.

Tudo passa. Tudo acaba.
Menos a saudade
do que se foi noutra idade.

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