domingo, 16 de dezembro de 2012

Colo


Quem dera eu pudesse despir
essa angústia que me veste.
Quem dera eu pudesse chorar
e o consolo de um colo
houvesse.

Lembras, doce companheira,
das cores que visitamos?
Dos caminhos que andamos
e dos amores que amamos?

Mas agora, quem dera meu grito fosse ouvido
e o teu carinho não me fosse proibido.
Quem dera o amor que tivesse havido
não se tornasse o momento interrompido.

Lembras, doce companheira,
do tempo que sonhávamos
a música que nos era exclusiva
qual a alameda da "sempre viva"?

Mas agora, quem dera a música
não fosse privilégio do Aedo
e eu pudesse tocar a certeza
de não ser só.

Lembras, doce companheira,
dos planos que imaginamos
e das fantasias que realizamos?

Mas agora, doce companheira,
eu só queria que o "blue" da negra voz,
fosse a ponte que me transporta.
E que te permiti.

    Porque os diamantes e a Musa são eternos.

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