Urro,
murro,
Casmurro.
A vida é sussurro.
O pêndulo de Foucault
indecide
quem eu sou.
A espada de Dâmocles
relembra o fato
da vida só ter um ato.
Branca Dulcinéia,
traga-me a panacéia
da Isolda de alvas mãos.
Que ela faça
o mágico unguento
que tudo cura,
ainda que a obscura
procela,
roube-me a tarde amarela.
Que Duendes e Ninfas
forrem meu leito,
alisem meu peito
e me guiem
na terra da fantasia,
nessa pós utopia.
Casmurro,
murro
e urro,
fiquem com outras gentes,
já não lhes escuto
o ranger dos dentes.
Só ouço
os silêncios urgentes.
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