Dividiram-se as noites
e só restaram
travesseiros
e sonho separados,
além dos desejos
culpados.
Teu lado
está vago
e todo gosto
é amargo,
como uma ironia
de Saramago.
A sombra da noite
é acre, feroz.
Conhecido algoz,
entre as dobras
dos lençois.
O cheiro de amor
terminado,
preenche o silêncio
declarado.
Antigos adornos
desenhados,
retém os inúteis gestos
tentados.
As brancas colunas
já nada sustentam.
Sigamos em paz,
o amor não se refaz
curioso que a saudade é sempre inteira, mesmo o corpo, o coração estando todo dividido em milhares de travesseiros...
ResponderExcluireste poema é genial, meu caro amigo...
forte abraço, como sempre...
guto