domingo, 5 de dezembro de 2010

Talvez, talvez

Talvez a Musa volte
e o riso se solte.
Talvez a noite vire dia,
mas sem perder a fantasia.

Talvez termine o talvez
e o medo da insensatez.
Talvez chegue e fique de vez
a certeza de não ser ex.

Novo tempo de poesia não rimada,
de consentida paixão desenfreada
na noite recém inaugurada.
Tempo de tudo e ausência de nada.

Talvez haja nova Fênix renascida
e um cheiro de chuva caída
a parir outra vida.

Um comentário:

  1. "um cheiro de chuva caída
    a parir nova vida"

    maravilhosos versos, pai. estranho como o verão das tardes e o inverno das noites refletem bem o movimento único de nossa época.

    um beijo imenso!

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