sábado, 29 de maio de 2010

Estranheza

O Shakesperiano impasse,
o aviso de não ultrapasse
e o conselho de não ameace.

To be or not to be,
antes da Feira de Parati
e do herói de gibi.
A cultura de almanaque
e a pedra de crack.

Posições,
oposições,
certos senões,
certos sermões
e incógnitos Sertões,
em Liliputi dos anões.

Estranho poema
sem métrica,
sem estética
e sem dor patética.

Por onde andarão
os Poetas de plantão?
Qual chave apaga a escuridão?
Onde estão os velhos anarquistas
os poemas de vermelhos comunistas
e os atrevidos artistas arrivistas?

Renderam-se aos Nho-Nhôs Capitalistas...

Estranho tema
finda o estranho Poema.
Mas ... é o Sistema,
nessa terra de Moema
e da virgem Iracema
dos lábios de mel.

Hora de encerrar esse cordel,
de devolver ao Senhor do Anel
a corda trança da bela Rapuzel
e de tentar uma vaga no Céu.

Um comentário:

  1. Fabio,

    Adorei o mot, adorei a forma e posso dizer que adorei a "estranheza"

    bj

    Flávia Flor

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