É o conhaque, Carlos,
e essa Lua de Botafogo
que machucam o coração da gente.
Da varanda, eu ouço o mar.
Por onde terá andado cada onda?
Que mensagem algum outro naufrago
terá me enviado?
Em qual porto ficaram
os barcos e os amores
não retornados?
O homem abandonado, do andar de baixo,
logo ouvirá a Quinta Sinfonia.
Antecipo os acordes e a dor.
Apenas a saudade,
fez-se promessa cumprida.
Homenagem pouca ao gênio de Carlos Drummond de Andrade.
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