sábado, 24 de agosto de 2013

Lua de Botafogo


É o conhaque, Carlos,
e essa Lua de Botafogo
que machucam o coração da gente.

Da varanda, eu ouço o mar.
Por onde terá andado cada onda?
Que mensagem algum outro naufrago
terá me enviado?
Em qual porto ficaram
os barcos e os amores
não retornados?

O homem abandonado, do andar de baixo,
logo ouvirá a Quinta Sinfonia.
Antecipo os acordes e a dor.
Apenas a saudade, 
fez-se promessa cumprida.

               


Homenagem pouca ao gênio de Carlos Drummond de Andrade.   

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