sábado, 17 de agosto de 2013

LACAN, Jacques - Filósofos Modernos e Contemporâneos

LACAN, JACQUES
1901 – 1981

Como já se disse em relação a BRETON, deve-se registrar que JACQUES LACAN não é considerado um Filósofo, no sentido estrito do termo, pelos estudiosos mais ortodoxos.
Mas como o sucedido com o Pai do Surrealismo, a sua obra atingiu tamanha abrangência que não é raro encontrá-la como embasamento de alguns Sistemas Filosóficos no pensamento atual.
Destarte, e também pela superior qualidade de sua produção e pela popularidade que alcançou, julgamos oportuno incluí-lo nessa obra.
Afinal, o estudo de Filosofia deve atender mais ao sentido original de seu nome (filosofia = amigo do saber) do que às divisões e classificações feitas apenas segundo os critérios de alguns.

Notas biográficas

Jacques LACAN nasceu em Paris, na primavera de 1901. Formado em Medicina, logo após a graduação trocou a neurologia original pela psiquiatria e nessa nova área teve como mestre o célebre GATIAN CLÉRAMBAULT, cuja influência foi decisiva em suas ideias.
A Psicanálise chegou-lhe através do movimento surrealista*, que além de lhe apresentar essa nova corrente artística, deu-lhe o ensejo para reaproximar-se do pensamento original de FREUD (tão enfático em relação ao subconsciente, quanto o Surrealismo) o qual, a seu ver, estaria sendo abandonado.

NOTA do AUTOR – O Movimento Surrealista foi o conjunto de expressões artísticas que privilegiavam o inconsciente e as sensações em detrimento do rigor acadêmico que vigorara até então. Adiante voltaremos ao assunto.

A revalorização de FREUD

Assim, a partir de 1951, LACAN iniciou a concretização do resgate de FREUD e para tanto passou a se utilizar das seguintes ferramentas:

  1. Linguística” de SAUSSURE e da que foi desenvolvida por JAKOBSON E BENVENISTE.
  2. “Antropologia Estrutural” de CLAUDE LÉVY STRAUSS.
  3. Lógica” e da “Topologia”.
Estruturalismo* - nos estudos Linguísticos do começo do século XX até o aparecimento da “Gramática Gerativo-Transformacional”, em 1957, foi a corrente que pregava a necessidade de se observar o maior número possível de fatos, em qualquer campo de saber, para bem fundamentar suas propostas e viabilizar a descoberta da estrutura que forma, que constitui a Coisa, ou o Ser que se estuda.

Topologia** – em Gramática, o tratado referente à colocação de certas espécies de palavras. Em Matemática é a parte na qual se estudam as propriedades (características, possibilidades, capacidades) das configurações que permanecem invariantes nas transformações biunívocas e bicontínuas.

Desse modo, juntou a sua já vasta erudição mais um grande cabedal de conhecimentos e agregou aos seus afazeres rotineiros, o ministério de cursos, seminários e palestras, que propagavam os benefícios do pensamento freudiano.

Esses trabalhos foram editados após a sua morte, sob a coordenação de JACQUES ALAIN MILLER, e passaram a se constituir um valioso registro da genialidade de suas ideias.

Em 1986 publicou-se uma coletânea com trinta e quatro artigos de sua autoria, intitulada Écrits e a partir de 1973 teve inicio a publicação de seus vinte e seis seminários, com o título de “Le Seminaire”.

Na sequência, analisaremos algumas de suas concepções, ressalvando, contudo, que interpretações divergentes são possíveis, talvez prováveis, por conta da disseminação havida entre as subcorrentes em que as suas ideias passaram a navegar.
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O Estádio do Espelho

A partir da década de 1920, SIGMUND FREUD introduziu a sua tese que delega ao “Eu” a função de regular as relações entre o Id (a fonte das pulsões, das vontades), o Supereu, ou Superego (que zela pela observação das normas morais) e a realidade física, concreta, que é o lugar onde se exerce a atividade material.

Segundo a proposta freudiana, nos indivíduos considerados Neuróticos haveria a necessidade de reforçar oEu para se conseguir harmonizar o relacionamento entre aqueles níveis do psiquismo (id, ego e superego). Seria, ao cabo, uma forma de tratamento curativo para as perturbações existentes ou para os “desajustes” no comportamento.

Todavia, para LACAN esse seria um caminho equivocado.

Estreando na Psicanálise, ele propôs uma contratese absolutamente divergente da freudiana, já que segundo a sua ótica: “o “Eu” é construído à semelhança de seu semelhante. A partir da imagem que é devolvida pelo “Espelho” em que esse semelhante se transforma”.

Por isso, segundo suas palavras: “instala-se o desconhecimento em minha identidade e ao buscá-la, o que irei encontrar será um “Outro”, em relação ao qual eu sentirei ciúme...”. “Terei aversão por esse “intruso” que exercita ‘os seus’ desejos, mas, simultaneamente os esconde de mim, tanto quanto ele próprio se esconde de mim...”. “E é como ‘outro individuo’, que eu serei levado a conviver com o Mundo (ie - com a Realidade, com as pessoas etc.)...”.

Assim sendo, para ele, seria por esta forma distorcida e patológica que se organiza o Je*paranoico e qualquer tratamento curativo deveria considerar esse fato. A partir daí as correções atacariam diretamente a causa primeira dos males existentes.

NOTA do AUTOR – Je*o “Eu Inconsciente”, ou o “Isso”, ou o “Id”.

Essa sua contra-tese recebeu várias opiniões favoráveis, mas o artigo “O Estádio do Espelho* como formador da função do Jé” que lhe apresentou formalmente no Congresso Internacional de Psicanálise, em 1936, não teve uma acolhida receptiva nem qualquer outra manifestação de aprovação. Idem ao Congresso de Paris, em 1947.

Contudo, a fria e desdenhosa recepção inicial reverteu-se com o passar do tempo e foi este Artigo, dentre outros, que consolidou a sua notoriedade.

NOTA do AUTOR - *Estádio do Espelho – é um termo criado por Henri Wallon, de quem LACAN tomou emprestado.

Avançando ao cerne do conceito, encontraremos a espinha dorsal do sistema e poderemos apreciar a profundidade e a propriedade do mesmo.

Antes do “estádio de espelho”.

Antes do Estádio do Espelho”, que geralmente ocorre entre o sexto e o décimo oitavo mês de vida, o bebê não se vê como um só corpo. Como um corpo unificado.

Ao contrário, sente-se um corpo fragmentado, disperso em várias partes.

Destarte, a sua mãe-seio faz parte dele; e a recíproca é verdadeira em relação à mãe que o sente como filho-falo que dela faz parte (a condição de “boca do jacaré ou do crocodilo”)

A gênese do “estádio do espelho

Segundo LACAN, a gênese do “comportamento segundo o espelho que o outro representa”, está no fato do bebê saber instintivamente que é totalmente desamparado e que necessita encontrar uma solução para sua fragilidade. Que necessita deixar a sua condição de neonatal.

E por isso busca “antecipar o amadurecimento de seu corpo” através do ato de se projetar na figura do “Outro”, que no caso é a figura materna que se encontra “milagrosamente” à sua frente.
Porém, esse movimento de precipitação, ou de projeção ao “Outro” o leva a uma alienação, já que ele foiobrigado a se alienar ou a se anular para conseguir se constituir, ou se formar, como um sujeito apto a sobreviver.

A mulher e o fallus. A alienação.

Por outro lado, a mãe, como toda mulher, ressente-se da ausência do Fallus (Falo masculino) e é para se sentir completa que ela deseja ter um filho.

Engravida, reconhece a criança como um Ser humano e aplaca-lhe a fome e a libido dando-lhe o “Objeto Seio”, que além de ser alimento é uma fonte de satisfação para a criança no “prazer da Oralidade” (quando ele passa da esfera da Natureza [instinto – animal] para a esfera da Cultura [pulsão desejo – homem]).

Desse modo, o bebê estabelece uma espécie de linguagem com o Simbólico–Mãe, que é a sua fonte de alimento e de prazer.

Contudo, ao estabelecer essa relação à criança sofre um novo “Processo de Alienação” que é desencadeado pela necessidade imperiosa de estabelecer tal Linguagem. De certa forma, ela, criança teve que abrir mão de sua individualidade ao formar essa “parceria”.

Mas, mesmo sofrendo esse Processo, não há alternativa, pois para que ele consiga se constituir, ou se formar como um sujeito “animal e cultural” é obrigado a projetar-se no “Outro”.

O fim da “mãe-seio”e do “filho-fallus

Todavia, a inteiração cessa em determinado momento e o bebê que buscava o prazer através do Seio Materno  – o seu “Objeto de Desejo (alimento e libido oral)” – reconhece que a sua mãe não faz parte de seu corpo.

E ela também reconhece que não é “completa”, pois também necessitava do corpo do filho para sentir-se possuidora do falo.

Essa separação, chamada de “significante nome do pai” geralmente ocorre em virtude das limitações naturais da vida (a mãe precisou voltar ao seu trabalho, por exemplo) e nessa ocasião é que surge com mais evidência o já citado comportamento materno chamado de “boca do jacaré ou do crocodilo*, que é o desejo inconsciente da mãe de “possuir (comer, canibalizar)” o seu filho, como se ele fosse parte de seu corpo.

*NOTA do AUTOR – esse nome, “Boca de Jacaré ou de Crocodilo”, decorreu de um erro de observação que persistiu durante muito tempo entre os zoólogos, os biólogos e outros pesquisadores que supunham que a mãe crocodilo devorava seus filhotes quando os abocanhava. Posteriormente constatou-se o engano, pois ela os coloca na boca para protegê-los de alguma ameaça, ou para transportá-los em segurança, libertando-os tão logo cesse o risco, ou se conclua o transporte. Tanto quanto outras fêmeas, a do crocodilo também prima pela sua excelência como mãe.

É um momento crucial na vida da criança, pois este desejo da mãe coloca o filho entre duas situações que definirão o seu futuro: ou ele se torna saudavelmente independente, assumindo a postura de “sujeito faltante” em virtude de a mãe resistir ao desejo e não “canibalizá-lo”; ou ele é engolido pela “boca de jacaré” da mãe e se torna um indivíduo dependente ou, até, doente mental.

É claro que a separação é um processo que deverá partir da mãe, a pessoa que teoricamente detém a capacidade para deflagrar o processo que dará a salutar independência ao filho. Teoricamente, porque nem sempre ela, mãe, está no gozo dessa capacidade por lhe faltar amadurecimento, esclarecimento e/ou sanidade psíquica e emocional.

Os casos em que a separação não é satisfatoriamente concluída não são tão raros quanto se desejaria, mas em contrapartida as sequelas, em geral, não são tão graves que impeçam o indivíduo de ter uma vida razoavelmente normal, ainda que restringida por uma série de perturbações psicológicas que lhe impedem a plena realização material, emocional, espiritual etc.

Nos casos em que a criança se torna psicótica em razão do processo separatório não ter acontecido como deveria, pode-se dizer que a mãe não reconheceu o filho como um “Ser humano”, ou seja, como uma pessoa completa e independente dela, olhando-o como se fosse um mero apêndice de si mesma.
Porém, antes que alguma censura lhe seja dirigida, será necessário considerar que a “escolha” de libertar ou não a criança, não é realmente apenas “uma escolha”.

É, na verdade, um processo que exige amadurecimento psíquico e emocional, o qual nem sempre sobrevive aos ataques da vida cotidiana, às alterações hormonais e à frustração de não poder manter “o falo que lhe falta” e que foi seu por algum tempo.

A alienação. A imagem do “Outro”. A cura

Para LACAN, a alienação resulta do fato de o bebê não ter unidade e só se formar (ou se constituir) como um Sujeito graças ao efeito que o Outro (a mãe, no caso) exerce sobre ele. Com isso ele não passa de uma “imagem do Outro”.

A perda da independência sinaliza o rapto que sofreu e do qual ele tomará ciência quando se olhar no “Espelho” e perceber que o seu corpo é unificado, que ele existe, que não é o Outro, embora seja um Sujeito Faltante, pois junto dele já não existe a mãe, ou o “Outro”.
É então que percebe o desajuste que carrega e a patologia de que padece. Caberá, então, ao Psicanalista atuar no sentido de corrigir a distorção iniciada na primeira infância.

A Relação Sexual

“... De fatonão há relação sexual”, disse LACAN, afrontando a crença de seus seguidores e municiando as criticas de seus detratores.

Para ele, se o desejo sexual ocorre em função de uma “forma” projetada na tela do “imaginário”, a relação, ao cabo, faz-se apenas com uma imagem.

Mas, imagem de que? Que forma é projetada no imaginário?

Imagem do elemento que segundo a sua tese, torna a Linguagem significativa: o Falo. A “forma” do falo masculino.

Por isso a mulher se dedica enfaticamente a representá-lo, como se ela mesma fosse o próprio, através de gestos e de expressões corporais e faciais (a chamada “hipocrisia feminina”), enquanto o homem busca representá-lo, também através de gestos e expressões corporais e faciais (o chamado “cômico viril”) por ter o elemento que desperta o desejo.

Sendo assim, a relação sexual existente é, na realidade, imaginária e com o falo, não com a mulher, a qual, por sua vez, não encontra aquilo que a faria sentir-se “a” mulher.

A Castração

Segundo LACAN, a “castração” não é apenas uma ameaça provocadora de angústia ao menino. Também não é apenas a constatação de que há uma inveja do pênis” na menina.
Em verdade, a “castração” é fundamentalmente a separação entre a mãe e o filho. É o corte que rasga o vínculo entre ambos.

A mãe coloca seu filho em um lugar imaginário e ele, o filho, acomoda-se a esse local para satisfazer o desejo materno. E o desejo da mãe (como o de toda mulher) de ter o “Falo” é o que leva a criança a sentir-se o próprio falo.

Dessa sorte, estabelece-se e se consolida uma relação imaginária entre a mãe que acredita ter o “Falo” e a criança que acredita ser o mesmo.

A “castração”, ou o “Ato Castrador”, acontece, portanto, não só sobre a criança, mas sobre o vínculo mãe–filho.

E, geralmente, quem o executa é o Pai” ao impedir que a mãe continue a acreditar na possibilidade de reintegrar o filho ao seu corpo e ao proibir o filho de “possuir” a própria mãe.

Pai castra a pretensão da mãe de ter o Falo e a do filho de ser este falo. É, pois, uma castração dupla.

NOTA do AUTOR – entenda-se como “Pai” é o conjunto da Sociedade cujas regras proíbem o incesto por vários motivos, que vão dos biológicos aos morais.

Mesmo simbólica e tendo como objeto um Falo imaginário, a castração atua como uma “Lei” que rompe a ilusão do Ser humano ser onipotente.

O Outro

Para LACANEu é situado no “Registro do Imaginário”, que é o lugar das identificações e das relações duais (as relações sociais do cotidiano). E ao estabelecer essa localização ele acentuou a diferença entre o Eu e o Sujeito do Inconsciente, que é, ou está localizado, num outro nível da Psique simbólica, diferente, portanto, da instância imaginária.

Também enfatizou o fato do “Inconsciente ser absolutamente independente do Eue pertencer ao “Campo do Simbólico”, que é o campo da “Linguagem(ou do Significante).

Convencido dessa condição, LACAN recorreu a um dos ensinamentos de Lévi Strauss que diz: os Símbolos são mais reais que aquilo que simbolizam, o Significante precede e determina o Significado
E com esse argumento reforçou seu ponto de vista acerca da independência da “Função Simbólica”, além de estabelecer que ela é, de fato, o “Grande Outro” que antecede o sujeito. 
Por isso, afirmou: O “Inconsciente é o discurso e o desejo do Outro”.

Ou seja, a fonte das perturbações está justamento no Inconsciente e é por isso é que a Psicanálise deve atuar no campo do simbólico, junto ao inconsciente, haja vista que a solução das perturbações só ali pode acontecer.

Atuação psicanalítica que só pode ser feita através da Fala, já que é através da mesma que o inconsciente se manifesta através dos relatos de sonhos, de chistes, de esquecimentos, de atos falhos etc.

A Linguagem e as Matemas

Se Freud usara conhecimentos de Física e de Biologia nos seus métodos, LACAN utilizou os de Linguística, no seu.

Utilizando-a, chegou ao entendimento de que o inconsciente tem o mesmo formato, ou a mesma estrutura, da Linguagem e por isso pôde afirmar que a “Abstração ou Ficção tem a mesma estruturação, ou o mesmo formato que o da Verdade física, concreta, material. Aquilo que aparece como sonho ou devaneio é, por vezes, a “Verdade Oculta” que as regras sociais reprimem.

NOTA do AUTOR - Para LACAN, a ligação entre a Linguagem e o Inconsciente é tão sólida que ele a resumiu no seguinte aforismo: “o Inconsciente é estruturado como uma Linguagem”, ou seja, ambos têm o mesmo formato. Essa afirmativa de LACAN contraria a imagem que normalmente se faz do Subconsciente, pois geralmente pensamos no mesmo como um emaranhado caótico e sem nenhuma organização estabelecida.

A Psicanálise seria, portanto, um procedimento que busca compreender essa outra “Estrutura” e tornar-lhe harmônica com o Consciente.

LACAN trabalhou com dois grandes conceitos: o Nome do Pai e o Faloe para operar esses temas, criou as “Matemas”.

Dessa sorte, e por tudo que se expôs, entende-se o porquê de LACAN considerar a Psicanálise mais que uma “ciência estanque” limitada por alguns parâmetros e determinadas leis. Para ele, ela é mais uma “visão de Mundo”, ou uma Filosofia que pretende ser a chave do Mundo

Uma prática onde a utilização do método da Livre Associação permite que se chegue ao núcleo do Ser.

Epílogo

Depois da morte de LACAN, em 1981, o Lacanismo se fragmentou em várias Escolas, Tendências ou Grupos que foram implantados de modo nebuloso em vários países.

Contundo, independentemente dessas subdivisões, têm-se como ponto central o fato de ser um sistema de pensamento pertencente à Corrente Freudiana, já que adota da Psicanálise original, o tratamento exclusivo através da “Fala” do paciente e, também, os grandes conceitos de FREUD, como “Inconsciente”“Sexualidade”“Transferência”, e/ ou  “Recalque e a Pulsão” etc. Ademais, LACAN foi o único dos grandes intérpretes do austríaco que buscou resgatar a pureza das raízes do sistema Freudiano.

Porém, o Lacanismo não deve ser visto como uma mera corrente continuísta, já que se tornou uma verdadeira Escola ou Tendência, capaz, até, de modificar partes da doutrina e da clinica “freudiana” tradicional, ao forjar novos conceitos e criar uma nova e original técnica de análise mental.

Todavia, vários eruditos consideram o Lacanismo como uma “Revolução Invertida”, haja vista que não buscou ultrapassar FREUD, mas justamente o oposto, ie, o retorno aos seus pensamentos originais. No máximo, teria tentado uma substituição ortodoxa dos mesmos.

De toda forma, a obra de LACAN extravasa o seu próprio tempo e permanece como um dos principais monumentos intelectuais erigidos pelo homem.

© Registro na BNRJ/EDA sob nº 605.931 – Lv. 1.161 – Fls. 121.  Proibida qualquer forma de cópia.

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