segunda-feira, 9 de julho de 2012

Treze


Cada lâmpada acesa
simula uma estrela próxima.
Um antigo bolero
canta as dores de amor
que povoaram vestidos dourados
e os ternos surrados,
dos tantos desencontros.

Tristes homens conduzem
melancólicas mulheres
pelo cinza da tela.
E bailam vidas sem sentidos
em trôpegos passos caídos.

Á lágrima que não seguro
percorre sua via, mas talvez
regue alguma promessa
e sonho que treze meses
serão duros arneses
que haverão de resistir
à insensatez de não deixar
a vida nos sorrir.


Um comentário:

  1. às vezes deleito-me, em tua poesia,
    outras reflicto, em tua sabedoria

    mas, por vezes, inquieto-me, em tua agonia

    Que a tua vida te sorria sempre
    mesmo quando o verso chora

    Abraço

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