terça-feira, 3 de julho de 2012

Para Vladimir Herzog


Uma vez,
a mão de olhos azuis
cobriu o amarelo-davi
doutro Gueto de Varsóvia.
E era o azul
das mãos de *Portinari,
que cobria a insânia
e a infâmia.

Mas as horas efêmeras
que passam pela Terra
esmaecem a liberdade.
E o negro horror
aciona constantes gatilhos
sobre as faces torturadas
de meninos guerreiros.

E tão pouco bastaria
para que a miséria
do Mundo fosse apagada.
Tão pouco, tiranos...

Apenas o vosso fim.

                 Para Vladimir Herzog.


* Homenagem pouca ao gênio de Cândido Portinari.

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