sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Viço

O branco perfume
da flor de laranjeira
espalha-se liberto
do vaso que o continha
e da rotina que o sustinha.

Flor recém chegada,
trazes consigo
o bálsamo amigo
para o sofrer antigo.

Alvo alívio,
a qual deusa agradeço
por haver em teu viço
todo esplendor
de uma vida nascida,
ante a morte morrida?

Flor sozinha
na curta sacada,
de teu parto
outros nascimentos chegaram,
como se outra Musa existisse
e novo poema surgisse.

Um comentário:

  1. Fábio,

    Ainda há vícios bons (?!) e, a flor da laranjeira ,pela sua beleza e aroma é um deles.
    Cai a flor, fica o fruto.
    Abraço,

    ResponderExcluir