domingo, 6 de fevereiro de 2011

Casa

Triste de ver,
a máquina do Homem
derrubar a velha casa
e soterrar as memórias
que lá viviam.

Ali, um choro.
Aqui, um riso;
no quarto, um desejo,
na mesa, um gosto
e no espelho,
o que foi um rosto.
Na sala, uma festa.
Na janela, uma fresta.
Na porta, um adeus,
uma partida à revelia;
uma dura agonia
e uma ou outra fantasia...

Telhas caídas
sobre vidas esquecidas.

2 comentários:

  1. Caro Flávio,

    A casa da gente é um stock acumulado de recordações.Deixar ir a casa abaixo é uma morte anunciada.
    A nossa casa é um templo de sentimentos e emoções.

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