Chegastes suave como o orvalho e então eu soube que tu eras o jasmim recém colhido, que o Rouxinol anunciara no canto primeiro da aurora.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Alaúde
Em qual mutante jardim
ainda haverá de se perder
a inocência da flor imaculada?
Que baio cavalo
trará o novo Armagedom
das Maias tabulações?
Quando, o tempo de "ranger os dentes"
e sofrer as terríveis tribulações?
Quem haverá de conduzir
as pagãs procissões
dos deserdados da morte?
Quem consolará os expulsos da Terra
e quem abrigará os proscritos
dos miltonianos Paraísos Perdidos?
Quem haverá, oh deuses?
As bruxas de Salém?
Os Profetas do Antigo Testamento?
O amansador da Fúria dos Elementos?
Ou apenas o verso caído
do poeta pouco ouvido?
Que esperança tu cantarás
Menestrel do Alaúde?
Que russos girassóis renascerão
nos caminhos do Mundo?
Como tu afastará Creonte barqueiro
e a lança de Longino lanceiro?
Que lirica lira
Orfeu vibrará
para que Odara fique o Canto?
Donde tu trarás os novos Caetanos
que haverão de afastar os Haitis
que ainda nos ameaçam?
E de quais estrelas virão
Maysa e Elis Fascinação?
Quando, Menestrel do Alaúde,
tu nos libertará
desse ataúde?
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