Chegastes suave como o orvalho e então eu soube que tu eras o jasmim recém colhido, que o Rouxinol anunciara no canto primeiro da aurora.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Nada dizer
Agora já não se deve falar,
pois o tempo passou.
Talvez, se dito naquela hora
o amor se salvasse
e essa solidão não chegasse.
Talvez, se dito naquela hora
todo motivo fosse viável
e toda volta fosse provável.
Talvez, se dito então
fosse possível algum perdão
e tolo, qualquer inútil senão.
Mas agora as favas
estão contadas
e as águas são passadas.
Já nada se deve dizer,
pois todo labor
seria inútil no solo estéril.
E apenas mágoas
seriam semeadas e colhidas.
Esqueçamos dessa triste messe
e esperemos que só vicejem
as lembranças do tempo
em que tudo se dizia.
Do tempo, em que a gente
amanhecia.
Taísinha desde Campo Grande, no centro do Brasil
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Que lindo!
ResponderExcluirA exacta hora em que tempo fenece e o verso cresce
ResponderExcluirSem vez ...
Abraço