segunda-feira, 13 de agosto de 2012

São Petersburgo da Soprano

É fria a alma que olha o vazio.
Seus campos foram queimados
e seus seios estão secos.
A fúria que um homem canta
não lhe toca.
Acabaram-se-lhes as revoltas.

E no entanto, o busto liberto
da Soprano que segue ao Tenor,
devolve-lhe a ânsia alucinada.

A vida insiste em levá-la consigo
e ainda que seja um traço apenas,
o sorriso que lhe brota
murmura que o sobrevoo
de Lux resiste às trevas

e que o Sol a reverberar
nos rios congelados
em breve iluminará
a noite dos desesperançados.

       Homenagem pouca à Soprano Renée Fleming.

Digitado por Taisinha.

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