sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Princesa do Mundo

Nas forjas do Olimpo,
Hades funde a prata
da Lua imensa.
E a luz que se faz azul
sonha macio o seio
da mulher amada.
Mitológicos desejos
dão-me cem mãos
e com elas acaricio
os centímanos desejos.
Os ventos de Eolo
encrespam o Egeu,
mas alisam as melenas
da Moça do mar,
enquanto o fresco regato
refrigera os hinos das vestais
em honra à Ártemis.
Foram abatidos os inimigos
que se ouvia nos gregos labirintos
e se sabe que os deuses
do eterno Elêusis
vaticinam a paz que repousa
nos olhos da Princesa amada.
É suave no Mundo,
a noite do Tempos.

         

Um comentário:

  1. O mito da noite sem tempo
    E o poeta que a faz mundo

    Bem construído (é sempre complexo harmonizar o verso com a narrativa quando a mesma é densa e com várias referencias)
    E belo

    Abraço

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