Há tanto que a morte
perambula em Sarajevo,
que nuas, tornaram-se as ruas.
O fogo e a metralha
cobriram os risos;
surdos ficaram os cellos
e inúteis os últimos guizos.
Estão findos os amores
e órfãos os poemas.
Vadias, vagam as canções
entre soturnos escombros
e cessam, ante tantos assombros.
A guerra,
sempre a guerra,
entranha-se nas almas
e marcha nos homens zumbis.
Marcha com os súditos de Ares,
imperador das hordas ensandecidas
de assassinos suicidas.
Há tanto se chora em Sarajevo,
que estão secos os olhos de Tanya.
Secos espinhos,
sem rosas que os adornem.
A guerra reduz o espaço
ResponderExcluirnum verso-bala que queda o poeta
Abraço