Autoria – Gounod
(Charles – 1818-1893 – França).
Libreto – Jules Barbier
e Michel Carré
Personagens
Fausto
–
velho e sábio cientista e filósofo. Interpretado por um Tenor.
Mefistófeles
– o
demônio. Interpretado por um Baixo.
Wagner
– jovem amigo de Valentino. Interpretado por um Baixo.
Margarida
– a mais bela jovem da aldeia, seduzida por Fausto. Interpretada por uma Soprano.
Valentino
– irmão de Margarida. Interpretado por um Barítono.
Siebel
– jovem namorado de Margarida. interpretado por uma voz Mezzo Soprano.
Marta
– vizinha de Margarida. Interpretada por uma Mezzo Soprano.
Local
e época
Alemanha, meados da
Idade Média.
Enredo
O primeiro ato é
encenado na réplica de um sombrio laboratório onde o velho e sábio cientista e
filósofo, Dr. Fausto, estuda e
trabalha.
Uma dura rotina que
praticamente permeou toda a sua existência sem lhe trazer reconhecimento, fama
e fortuna. Uma vida sem aventuras, sem prazeres, compensações, amores, amizades
e outras maneiras de satisfação.
Apenas trabalho e um
enorme acúmulo de saber que, segundo ele, a rigor, de nada lhe serviu.
A baixa iluminação
indica que a noite avança célere e a sensação de inutilidade, de amargura e de
frustração já não lhe cabe no peito e ele expressa toda a sua triste condição
ao entoar a sofrida ária em que questiona a validade de tanto conhecimento, de
tanto labor.
Dolorosos suspiros
encerram a sua melodia e ele leva aos lábios o veneno com que pretende terminar
os seus dias infelizes, mas o alegre alarido que lhe chega das ruas, por conta
dos cantos e risos das belas jovens que festejam a nascente manhã de Páscoa,
faz com que seu gesto fique suspenso por instantes, nos quais ele sente
aumentar o seu rancor em face da alegria alheia. Tanta juventude, tanto vigor,
tanta felicidade para todos os outros, menos para si.
Amarga constatação que o
leva a blasfemar e a invocar as “Forças das Trevas”, pois já não pode acreditar
nas virtudes do Bem.
E a resposta chega
imediatamente através de um grande estrondo que anuncia a chegada de Mefistófeles, transfigurado em um
elegante cavaleiro.
Fausto não consegue
conter um grito de pavor e resgatando um resto de princípios religiosos tenta
expulsar o “Anjo das Trevas” com insistente “sinais da cruz” e orações, mas Mefistófeles
se recusa rudemente a partir, alegando ter vindo de tão longe apenas porque foi
chamado e que, portanto, não admite ser enxotado daquela maneira.
Depois, de modo mais
polido, oferece-se a Fausto como um “amigo” capaz de lhe proporcionar todos os
prazeres desse mundo, como rejuvenescimento, beleza, saúde, fortuna, amores
etc., desde que ele lhe entregue a alma ao fim da vida.
Fascinado com a
perspectiva de obter tanto prazer o velho cientista não mensura as terríveis
consequências de sua opção e pede: “juventude
e prazer”.
Mefistófeles não perde
tempo e magicamente faz materializar no despojado quarto a figura radiosa de Margarida, a mais bela jovem da cidade.
Fausto entusiasma-se
com a aparição e com a demonstração de poder do “Emissário do Inferno” e este
não perde a oportunidade de lhe oferecer o contrato em que Fausto lhe cede a
alma em troca dos prazeres mundanos.
Após uma breve
hesitação, o velho cientista assina o terrível documento e Mefistófeles lhe dá
uma estranha bebida, que o torna jovem, belo e rico. Um verdadeiro cavaleiro da
mais alta estirpe.
Eufórico com a sua nova
estampa e condição, Fausto aceita de bom grado ao convite do “Anjo Maligno”
para saírem em busca dos prazeres do mundo.
Caminham felizes como
uma dupla de ébrios e Fausto entoa a ária “Moi Les Plaisirs (A mim, os prazeres)”,
encerrando o primeiro ato.
§§§
O segundo ato é
ambientado na praça do mercado de uma típica cidade medieval alemã, onde uma
quermesse congrega quase todos os aldeões.
À esquerda do cenário,
avista-se a reprodução de uma taberna, cujo letreiro é composto pela imitação
de uma barrica de vinho, abaixo do nome do estabelecimento.
No centro da cena,
camponeses brincam e dançam, sem, no entanto, olvidarem completamente de um
triste acontecimento que irá modificar a suas pacíficas rotinas, vez que um
destacamento de filhos da terra foi convocado para a guerra.
Acontecimento, aliás,
que faz com o jovem Valentino entoe
a sofrida ária “Avant de Quitter ces Lieux (Antes de deixar estes lugares)”,
pois, sendo um dos convocados, mais que a morte, teme a sorte de sua irmã, a
bela Margarida.
E tão grande é a
preocupação e a angústia que demonstra, que o jovem Siebel, namorado da moça, promete-lhe cuidar da mesma como se ela
fosse a sua própria irmã. Outro amigo, Wagner,
também o tranquiliza e ao cantar uma alegre canção consegue amenizar o clima
pesado.
Pouco depois, um
cavaleiro, elegantemente trajado, interrompe a canção de Wagner, dizendo saber
outra música que mais alegrará o ambiente; e sem esperar o consentimento dos
demais, inicia “Le Veau D´or (O bezerro de ouro)”,
que faz grosseiras críticas à fé cristã, enquanto exalta as virtudes do ouro.
O teor da ária causa
estranheza e repulsa nos ouvintes, mas, ainda assim, as pobres almas, presas
aos liames da ignorância e da superstição, permitem que o “Enviado de Lúcifer”
“leia-lhes a sorte”.
São vaticínios
sombrios, aziagos, funestos, mas quando Mefistófeles faz jorrar vinho da figura
no letreiro da taverna e com ele propõe um indecente brinde à Margarida, a
multidão esquece-se dos maus prognósticos e volta a festejar alegremente.
Contudo, nem todos
participam daquele momento alvissareiro, pois Valentino não pode aceitar o ultraje
feito, naquele brinde, à reputação de sua irmã Margarida e desafia o cavaleiro
insultante para um duelo. É o bastante para que o “Príncipe do Mal” use os seus
poderes infernais e quebre a espada do desafiante em vários pedaços.
É um claro sinal de que
o estranho não é um homem comum e os camponeses recuam aterrorizados, pois
percebem estarem diante de um “Ser Infernal”. Valentino, por sua vez, recorre à
arma que lhe resta, a fé cristã, e faz o tradicional “sinal da cruz”, sendo
imitado por todos.
Ante aquela
demonstração de crença no Poder de Deus, Mefistófeles se desconcerta e não vê
alternativa que não seja retirar-se.
A festa, então,
recomeça e a orquestra executa uma valsa. Fausto aproxima-se de Margarida e a
convida para dançar, porém a timidez da moça faz com que recuse o convite,
apesar de ter-se encantado com a bela estampa e com a fidalguia de seu pretendente.
Fausto, por sua vez,
fica ainda mais encantado com a beleza e graciosidade da jovem e expressa toda
essa paixão na ária “O Belle Le Enfant! Je T´aime”, que encerra o segundo ato.
§§§
O terceiro ato é
ambientado na réplica do jardim da casa de Margarida, onde se pode avistar, por
certo ângulo, a residência em si e, por outro, a torre de uma igreja. Em
primeiro plano, avista-se um belo roseiral.
De início a orquestra executa um breve prelúdio e
logo em seguida surge Siebel, que do alto de sua pureza juvenil pede às flores
que trouxe que digam à namorada, o quanto ele a ama (Faites lui mes aveux), retirando-se em seguida.
Na sequência entram Fausto
e Mefistófeles e enquanto o primeiro entoa a ária “Salut! Demeure Chaste et
Pure (Salve,
lar casto e puro)”, o segundo sai
de cena para retornar pouco depois com um luxuoso estojo com várias joias, para
que Fausto presenteie Margarida, garantindo-lhe que ela irá recebê-las com
muito mais prazer, que às pobres flores deixadas por Siebel.
Sem questionar, Fausto
ajuda-o a acomodar o rico presente à porta da casa, rente às flores, e ambos
saem de cena.
Instantes depois,
Margarida vai ao jardim e se põe a divagar sobre aquele estranho que mexeu com
as suas emoções e ao cantar a bela ária “Balada do Rei de Thule” deixa claro o
quanto ele lhe agradou.
Finda a ária, ela
levanta-se da roca de fiar, onde estivera, e descobre as flores e as joias.
Exultante, não reprime a vaidade e se orna com as últimas, admirando-se em um
pequeno espelho. Sem poder conter-se, ri de si mesma e entoa a ária “Je Ris de
me Voir” e acaba sendo surpreendida por Marta,
sua vizinha, que não regateia elogios à sua beleza, aumentada pelo esplendor
das ricas peças de ouro e de diamante.
É um momento de
comunhão e de alegria para ambas, mas a descontração do momento logo é interrompida
pela chegada de Fausto e de Mefistófeles.
Enquanto o “Anjo do
Mal” procura afastar Marta, usando delicados subterfúgios, Fausto aproxima-se
de Margarida, a quem cobre de elogios e galanteios.
Nisso, a noite começa a
cair e Mefistófeles entoa a ária “Oh Nuit Étend Sur Eux ton Ombre (Oh, noite
estende o seu manto sobre eles)”,
procurando acender a paixão no casal, que passeia pelo jardim. E, com efeito, a
paixão entre ambos já não pode ser negada ou ocultada e o dueto “Laisse Moi
Contempler ton Visage (Deixa-me contemplar o teu rosto)” parece, ingenuamente, celebrar a pureza de um novo
amor.
Contudo, apesar da
força de sua paixão, Margarida ainda é prisioneira dos costumes da época e por
isso impede que Fausto avance além de certo limite, despedindo-se do mesmo sob
o argumento de que é chegada a hora de se recolher.
Uma atitude que em nada
desagrada ao apaixonado Fausto, que vê em seu recato e em sua meiguice mais
motivos para desejá-la. Sentindo-se leve e feliz, despede-se e se prepara para
partir quando é rudemente interpelado por Mefistófeles que lhe acusa de ser um
tíbio que não ousa aproveitar as oportunidades que surgem.
Desconcertado, Fausto
aceita a crítica e a sugestão de permanecer oculto no jardim para que possa
ouvir Margarida confessar o amor que lhe dedica.
E, com efeito, através
da ria “Il M´Aime – que o grande
compositor Berlioz classificou como
o ápice da obra”, ela expõe, sem pudor, todo o afeto que sente pelo recém
chegado.
Para Fausto é o bastante
e com o vigor que a nova juventude lhe deu, salta pela janela e a beija e abraça
apaixonadamente, para contentamento de Mefistófeles, que com uma cínica
gargalhada encerra o terceiro ato.
§§§
O quarto ato é encenado
na reprodução do interior de uma igreja.
Algum tempo já
transcorreu desde o primeiro beijo entre Fausto e Margarida. Depois, ela se
entregou completamente a ele, que, uma vez saciado, desinteressou-se e a
abandonou.
Execrada pela
comunidade, afastada da família, a pobre Margarida busca através de orações e
penitencias o perdão dos homens e o de Deus, mas, ainda que seu arrependimento
seja sincero, ela não encontra paz, sendo constantemente atormentada pela
maligna voz de Mefistófeles, que repete continuamente que a sua Alma já está
condenada ao fogo do Inferno.
Extra cena, um Coral
entoa o vigoroso hino “Dies Irae” e um segundo Coro canta músicas com teor
demoníaco. A eterna luta entre o Bem e o Mal, em meio a qual se eleva a voz
angustiada de Margarida em contínua oração, contra a de Mefistófeles em
perpétua condenação.
É um momento tenso,
pesado e num crescente de excitação, culpa e busca pela redenção, Margarida
perde as forças e após um grito lancinante cai desacordada ao solo, do qual só
é erguida quando outros devotos da congregação chegam ao Templo para os ofícios
religiosos.
E assim termina a
primeira cena.
A segunda cena é
ambientada na réplica da praça fronteira à casa de Margarida.
Ao fundo se escuta as fanfarras
militares e os gritos do povo que saúda os soldados retornados da guerra.
Liderando o batalhão,
Valentino, o irmão de Margarida, marcha gloriosamente. Desfilam garbosamente
até que em certo ponto estacionam e a soldadesca entoa o famoso “Coro dos
Soldados”, dispersando-se em seguida.
Ansioso, Valentino
busca Siebel e o interroga sobre a irmã, mas a resposta vaga e hesitante do
ex-namorado deixa-o preocupado e ele parte apressadamente à procura de
Margarida.
Nesse momento, Fausto e
Mefistófeles chegam à praça e o “Anjo do Mal”, com o seu habitual sarcasmo,
entoa a célebre “Vous que faites l´endormite (Ó, tu que finges
dormir)”, acompanhando-se em
uma guitarra, numa clara alusão ao triste destino da jovem irmã de Valentino. E
como se não bastasse o deboche da música, ele tripudia ao terminar a canção com
uma sonora e cínica gargalhada.
O jovem herói de guerra
não pode suportar tamanho ultraje e já com a espada desembainhada, volta à
praça e avançado furiosamente contra Mefistófeles quebra-lhe a guitarra em mil
pedaços. Depois, percebendo a presença de Fausto, ataca-o vigorosamente, mas,
este, ajudado pelo “Príncipe do Mal” repele a sua investida e acaba ferindo-o
gravemente.
O alarido do combate
atrai inúmeros populares e a dupla de malfeitores foge apressadamente, enquanto,
Valentino, com as suas últimas forças, amaldiçoa a irmã por ter deflagrado toda
aquela funesta sequência, dando, logo depois, o último suspiro nos braços do povo,
que o lamenta sentidamente.
Margarida, atraída pelo
barulho, ao ver o irmão morto se desespera e sobre o corpo inerte do irmão
encerra o quarto ato com lágrimas copiosas.
§§§
O quinto ato é encenado
em uma suja e horrenda cela de prisão, onde a alucinada Margarida jaz sobre uma
tosca cama de palha.
Algum tempo já é
passado desde a morte de Valentino. Nesse ínterim, Margarida gerou o filho que Fausto
lhe fez quando a seduziu e, depois, num acesso de loucura, matou-o; razão,
aliás, pela qual se encontra presa e condenada a morrer enforcada na manhã
seguinte.
Se a culpa por ter-se
deixado seduzir e pela morte do irmão já a tinham abalado profundamente, o infanticídio
que cometeu eliminou qualquer laço com a lucidez e, por isso, quando
Mefistófeles e Fausto entram na sua cela – após embebedarem o carcereiro – ela
se alegra enormemente, achando que Fausto ainda é o mesmo amor de antes.
E, realmente, ele ainda
tem algum interesse por ela, principalmente por compaixão e por culpa. Em
relação a Mefistófeles, porém, nada de bom se pode dizer, pois o que lhe
interessa é apenas levar a Alma da pobre coitada para o “Fogo do Inferno”, tão
logo se consume a sua morte na forca.
Nesse ponto a orquestra
executa vários trechos de Árias que marcaram os momentos felizes que o casal
viveu e ela, envolta nesse delírio, abandona a cama e vai em direção ao seu
antigo amado; porém, quando percebe a presença do “Príncipe das Trevas” junto
dele, sente uma enorme repugnância e um grande temor e essas novas sensações
despertam-lhe relances de Razão, que a fazem compreender que ele é um “emissário
do Inferno”, cujo único objetivo é fazê-la purgar por toda a eternidade.
Horrorizada, ela grita
de pavor e usa a única arma que conhece: as rezas, as preces e o pedido de socorro
a Deus. Ajoelhada, reza devotamente e implora pelo socorro divino, ignorando a
pressão contrária que Fausto e Mefistófeles fazem, na tentativa de que ela fuja
com eles.
É um momento tenso,
dramático e que mais se acentua graças ao Trio que os três entoam, onde a voz
de Margarida canta “Anges Purs, Anges Radieux (Anjos puros, Anjos radiosos)” e a dos inimigos, cantos blasfemos e pervertidos.
Por fim, seus rogos são
atendidos e anjos descem à Terra e cantando o célebre “Hino da Redenção” elevam
a sua alma ao Paraíso.
Ao infernal
Mefistófeles só resta a frustração por tê-la perdido. Irritado, entre muitas
blasfêmias, segura Fausto firmemente e, com ele, segue em direção ao “Reino de
Lúcifer”.
É o fim da Ópera.
Histórico
A lenda do cientista
que vende a sua alma ao Demônio em troca dos prazeres mundanos foi uma das mais
populares da Idade Média e, ainda hoje, é muito conhecida e citada, enquanto
metáfora condenatória da ganância excessiva, que não mede consequências para
satisfazer de bens materiais ao ganancioso.
Como toda lenda, a de Fausto
não foi gerada apenas por alguma imaginação fértil, sendo, em verdade, derivada
de alguns fatos e personagens que existiram realmente.
Primeiramente foi
associada a Johan Faustus, que teria
vivido na Alemanha e que era dado a práticas de feitiçaria, sendo, por isso,
associado ao Diabo, razão que o levou a ser linchado. O próprio Martinho Lutero, fundador da Reforma
Protestante, chegou a citá-lo como exemplo das “Forças do Mal”.
A história do trágico
personagem foi escrita pela primeira vez em 1587, em Frankfurt, por Spiess e desde então todo indivíduo
dotado de luzes acima da média passou a ser considerado um signatário de
“Pactos com o Demônio”, como ocorreu, por exemplo, com Johnn Fust de Mongúcia, principal auxiliar de Gutenberg, em razão de seu extraordinário conhecimento em tipografia.
Tempos depois, o grande
romancista e poeta Goethe, fascinado
pela história desde a tenra infância, escreveu a grande obra “Fausto e Margarida”, ao qual dedicou
nada menos que trinta e quatro anos, já que o iniciou aos vinte e seis anos de
idade e só o terminou sexagenário.
Goethe deu à lenda ares
mais sofisticados e eruditos e foi em seu Romance (novela, para o público em espanhol) que Charles Gounod
se baseou para escrever a sua grande Ópera.
A riqueza dramática e
filosófica da obra do romancista alemão foi o primeiro atrativo a seduzir o
compositor; assim como, como o de um vasto e variado grupo de pintores e
musicistas, dos quais vale citar: “Doktor
Faust”, de Busoni; “A Danação de Fausto”, de Berlioz; “Petit Fausto”, opereta-paródia; a grande música sinfônica e
incidental para a peça de Wagner e,
por fim, a esplêndida composição sinfônica de Liszt.
A Ópera de Gounod
começou a ser planejada em 1856 e após três anos estreou em Paris, que a consagrou.
Na noite inaugural, enriqueceram a plateia os gênios de Berlioz, Delacroix, Perrin e mais uma centena de figuras
proeminentes no campo das Artes que, junto a grandes banqueiros e políticos,
atestaram o prestígio da peça e o sucesso de seu criador.
E o êxito inaugural
solidificou-se continuamente.
Dez anos depois, 1887, Gounod
revisou-a para a apresentação no “Grande Ópera”, quando o compositor comemorou,
com uma legião de fãs e amigos, as quinhentas apresentações de sua obra. Oito
anos depois, a celebração foi pela milésima apresentação, sempre em Paris.
Ademais, coube-lhe, ainda, a honra de inaugurar o “Metropolitan Ópera House” em
New York, EUA, em 1883.
Sucesso merecido para o
jovem compositor de apenas quarenta e um anos de idade e que perdura até os
dias atuais.
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