sábado, 22 de agosto de 2015

A Canção de Roma


Luas e mulheres contrapõe-se
à vetusta eternidade
a que te condenaram
e, por isso,
gênios e loucos benfazejos
proclamaram-te Aberta.
Liquida e clara, como as águas que jorram
das mil fontes de tuas sete colinas.

Jovens alaridos percorrem as tuas Ápias vias
e puras vestais bendizem as profanas virtudes,
enquanto o silêncio solene do sacro Coliseu
adormece os gládios e as feras
que em vão,
tentaram enfeixar-te
em fascistas varas
de certos insanos.

Correm-te, além das águas do Tibre,
as brisas e as vinhas dos santos delírios
e há na efemeridade de tua nudez revelada,
a perenidade do Belo
que um dia nos revestiu.



Produção e divulgação de Vera Lucia M. Teragosa. 
Lettre la Art et la Culture
Enviado por Lettre la Art et la Culture em 22/08/2015

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