quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A Quaresmeira


A fotografia é implacável:
nossos sonhos envelheceram.
Brancos cabelos,
brancos esquecimentos.

Mas a quaresmeira
insiste na florada,
como se ainda houvesse
Lua na calçada.

Tempo de leve poesia.
Dessas que se ouvia,
logo após a melodia.

Tempos de leve soneto.
Desses que se fazia,
na ante-sala da nostalgia.


Para minha doce e amada Olga Vince Barreto.


Lettré, l´art et la Culture. Rio de Janeiro, verão de 2015.

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