segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Voar


Por que eu deveria deixar de me iludir?
Que linha traça essa linha hamletiana
de Ser ou Não Ser?

Eu quero os holofotes coloridos dos sonhos
e as lantejoulas brilhantes da pura inconsequência.
Recuso-te árida realidade dos homens tristes.
Recuso-te angústia dos limites férreos de 
inúteis esquemas e fascistas sistemas.

Que eu seja Zaratustra e niztschianamente vença
as alturas dos arames e paire sobre as agruras,
pois nasci nas Montanhas e o vento canta comigo.

Venha sim, Papillon, pois em ti brilha
a grandeza de toda cor.

Voe comigo, pois eis que
existir é maior que o abismo
e somos deuses
com vontade de viver...

                             

                                     Para Papillon

Nenhum comentário:

Postar um comentário