quarta-feira, 8 de junho de 2016

LIVRES


Porque a Lua vaga sem amarras
é preciso que todo lirismo seja libertado.
Que seja abolida a censura das rimas
e seja decretado o império do sentir.

Que tenhamos o peito aberto
para que os poemas se abriguem
e que as mãos sejam dadas
porque é do carinho
que nascem as poesias.

Deixemos partir o formalismo tirano
e cultivemos o canteiro das essências,
pois só nele brota o riso, o lamento
e a verdade do sentimento.

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