Há demasia na dor
da mãe que perdeu o filho.
Em que quadra
secaram-lhe as seivas?
Como medir o vácuo
que seu gesto inútil agora acaricia?
Que tamanho será a saudade
que ora abraça o espaço
eterno vazio?
Como ler seus versos-súplicas
em que pede à mãe de Deus
que olhe por sua cria
que agora adormece noutro colo?
Como?
Resta-me a lágrima
que destila a sua dor,
que, então, também é minha
...
Para a poetisa Isabel C. Vargas.
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